Com que cor eu vou?

2016: Com que cor eu vou?

Quando me perguntam qual cor será tendência para o próximo ano ou qual cor “está sendo mais usada”, eu sempre respondo com outra pergunta: Quais são suas cores preferidas?

O estado de espirito da pessoa, o gosto peculiar, o visual agradável que almeja, são variáveis para a definição de uma cor.

Por mais que haja um estudo de tendência de cores, o que importa mesmo, é a cor que mais agrada o cliente.

Há inúmeras empresas que fazem todo final de ano uma pesquisa (buscam melhor do estilo internacional em moda, arquitetura e design) e definem uma ou mais cores que serão tendências para o ano seguinte. Eu, Gustavo Masson e meu sócio Antonio Bertoni, do escritório “mb arquitetura”, temos como base três empresas: Coral, Suvinil e Pantone.

A primeira revelou através do Colour Futures que a tendência de cores para 2016 será o Ouro Monarca! Ao identificar uma cor que tivesse conexão com o tema-chave, a Coral percebeu que todas as tendências para 2016 possuem um toque de ouro. Sendo assim, a empresa criou 4 coleções: Tradução e Futuro, Palavras e Imagens, Claro e Escuro e Estrutura e Liberdade.

A segunda, Suvinil, tem como tema-chave a luz: “Luz que ilumina, transforma e complementa. Luz do sol que no Brasil se faz presente em todas as estações. Espalhando sua luminosidade na arte, nas cores e festas da cultura popular. A luz substancial que traz a consciência. A luz dinâmica que gera força para a transformação. A luz complementar que revela o outro. Faces de uma mesma luz que se decompõe em diversas cores e tons. Luz que serve de inspiração; luz que gera a motivação para pequenas e grandes ideias do cotidiano; luz que preenche a casa com as paletas de cores da alegria, energia e calor humano dando vida aos ambientes. Sem a luz não há vida. Sem luz não existe cor. Por isso, é tempo de deixar as cores ganharem vida. É tempo da vida se encher de cor”.

Diferente da Coral, essa empresa revelou a cor Água-Marinha como sendo a tendência para 2016. Ela exemplificou como sendo a cor do equilíbrio: “Contemplar o verde Água-marinha nos permite ir além de nós mesmos e desenvolver a capacidade de tolerância em relação aos outros. A cor perfeita para iluminar e harmonizar todos os níveis do nosso Ser”.

A Suvinil, também, dentro da tendência para 2016 criou coleções inspiradas no tema-chave: luz. São elas: Substancial: a luz que revela a essência, Dinâmico: a luz que gera transformação e Complementar: a luz que reflete o outro.

Por fim, e não menos importante, a empresa americana Pantone. Ela é considerada a empresa que possui um sistema de linguagem padrão para a comunicação em todas as fases do processo de gerenciamento de cores. Além disso, ela é quem mais exerce influência na moda, design e arquitetura.

Afinal, o que é a cor do ano Pantone? Nada mais é que uma escolha de cores simbólicas; um ‘snapshot’ colorido que representa o que vemos em nossa cultura, servindo como a expressão de um estado de espírito e de uma atitude, diz Leatrice Eismam, diretora executiva do Pantone Color Institute.

Pela primeira vez Pantone introduz dois tons, Quartz Rose e Serenity como a Cor do Ano Pantone 2016. Quartz Rose é um tom persuasivo, mas também suave que transmite compaixão e uma certa compostura. Serenity é leve e arejado, como o firmamento do céu azul acima de nós, trazendo alívio e relaxamento, mesmo em tempos turbulentos.

Assim como as empresas anteriores, a Pantone também “cria” harmonias com a cor do ano. Pois, em todas matérias primas, superfícies macias ou duras, a composição Rose Quartz e Serenity traz calma e relaxamento.

Portanto, independentemente da empresa, da tendência de cor que ela elege ou da cor do ano escolhida, definida e publicamente ou visualmente explorada nas mídias, o que importa é a sensação de bem-estar que a cor vai causar no indivíduo. Se a pessoa se sente bem com cor preta na fachada da sua casa ou empresa que se faça a sua vontade, o seu desejo. Mesmo que muitos irão criticar, opinar ou sugerir outras cores, pois existe um padrão social que somos “enquadrados” a seguir, ou seja, “modismo”. Mas isso é assunto para outro artigo.

Gustavo Masson

Arquiteto